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Piñatex – “O Couro” de Abacaxi

Sim, vamos colocar entre aspas, já que sabemos que o couro é de origem animal! Mas você sabia que essa realidade pode mudar?

Preocupada com os impactos que os processos de produção do couro causam ao meio ambiente, Carmen Hijosa, uma especialista no assunto, deu uma solução para esses problemas. Nos anos 90, Carmen começou a pesquisar as folhas do abacaxi para a substituição do couro no mercado e chegou a este resultado: o Piñatex!

Da folha ao couro

Como é feito?

Esse não-tecido é feito com as folhas que sobram após a colheita do abacaxi. Com o uso de máquinas, são retiradas as longas fibras que compõem as folhas, e logo após são colocadas para secar. Depois disso, passam por um processo de purificação, para que sejam retirados resíduos indesejados de suas fibras, criando um material felpudo. As fibras são então misturados à um Ácido Polilático a base de milho, formando o Piñafelt, um suporte não tecido, que se torna a base para as coleções que utilizam o Piñatex.

Depois de todo esse processo, o Piñafelt é encaminhado das Filipinas para a Itália para ser finalizado.

Processo de fabricação

Além de tudo, é possível utilizar a biomassa do abacaxi que resta do processo para a criação de biogás ou como nutriente para o solo. Tudo bem pensado para realmente mudar a vida dos habitantes locais, gerar economia e evoluir a indústria mundial do couro.

Mais de mil marcas já produzem com o Piñatex, por exemplo a H&M e a Hugo Boss, sendo que essa última teve uma íncrivel preocupação com os impactos ambientais da coleção e está procurando caminhar rumo a sustentabilidade.

Coleção Hugo Boss com Piñatex

Referências

Ananas Anam

Vegan Business

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