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Bioconcrete – Biodesign & construção

 

Você já parou para pensar nas infinidades de possibilidades que o biodesign oferece a indústria?

Hoje iremos falar sobre algo que está presente na vida da maioria das pessoas e as vezes nem damos tanto valor assim, a construção. Em 2017, o pesquisador holandês Hendrick Jonkers criou o Bioconcrete, um concreto que possui a bactéria Bacillus pseudofirmus e lactato de cálcio (o que as alimenta).

 

Bacillus pseudofirmus

Essas bactérias vivem nas crateras de vulcões ativos e tem a capacidade de gerar esporos, espécies de células filhas bacterianas. Ao serem colocadas no concreto ficam inativas e quando ocorre alguma rachadura, seus esporos entram em contato com o ambiente externo, reagem com a água, germinam e ao consumir o lactato de cálcio produzem calcário, fazendo com que as falhas sejam fechadas em apenas três semanas antes de ficarem extremamente grandes. Ao utilizar essas bactérias na construção, evita-se que seja gasto mais dinheiro com reparos e também há a redução da emissão de carbono. 

Ele pode ser usado nas construções de casas, pontes, prédios e vários outros lugares. Seus testes de durabilidade preveem que as bactérias permaneçam no concreto inativa por até 200 anos, o que podemos considerar muito tempo, já que construções precisam de muitos reparos ao longo dos anos.

 

http://www.youtube.com/embed/laqACVY1U_k

 

Referências

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2 comentários sobre “Bioconcrete – Biodesign & construção

  1. Delaine: muito legal essa matéria. Eu me lembrei de um dos temas da segunda temporada do interprograma História das Invenções, o tijolo seco, disponível no canal do YouTube da TV UFG: https://www.youtube.com/watch?v=EJrard9Lf_4. Neste episódio, eu comento a origem da argamassa de barro (origem do tijolo seco), a argamassa de cal ou Opus Caementicium (criada pelos Romanos), o cimento Portland (indústria do concreto), o concreto armado, o revestimento de tijolos utilizando o vidro e argamassa a partir de resíduos da construção civil. Faltou o Bioconcreto. Risos. Ou até mesmo, uma nova proposta de inovação: uso de bactérias em vidros que mudam de cor. Isso seria possível? Está lançado o desafio. Parabéns! Getúlio Júnior (https://doctorjunior.club/).

    1. Muito legal Getúlio! Obrigado por compartilhar conosco. Sobre o uso de bactérias no vidro, talvez seja possível fazer a aplicação do corante na parte externa do vidro depois dele pronto. Alguns corantes de bactérias já estão sendo em esmaltes, então achamos que é uma possibilidade. Abraços!

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